Arrancam em Junho do próximo ano, na cidade de Nacala, na província de Nampula, as obras de combate à erosão dos solos, fenómeno que, neste momento, ameaça aquela unidade territorial.
O município de Nacala é, provavelmente, o mais afectado a nível nacional pela erosão dos solos, não só devido à sua característica geográfica, mas sobretudo agravado pela acção humana, que, com o crescimento da cidade, foi construindo em locais considerados impróprios, tendo em conta os monumentos de protecção que foram destruídos.
Segundo soube o nosso jornal, junto do presidente do Conselho Municipal da cidade de Nacala-Porto, Faruk Nuro, as obras estão avaliadas em 1,3 milhões de meticais, fruto de um acordo de financiamento assinado entre a edilidade e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), a serem executadas em 4 anos.
Nuro explicou que a empreitada vai consistir na construção de barreiras de retenção de solos e passagem das águas, uma nova drenagem subterrânea, entre outros trabalhos.
Refira-se que, para além deste projecto, a edilidade de Nacala vai desenvolver, a partir do próximo mês de Novembro, outras acções de pequena dimensão, que visam minimizar o fenómeno, como a construção de uma pequena barragem sobre o rio Nacuro, para retenção das águas.
Importa referir que, por conta da falta de um sistema eficiente de drenagem e outras infraestruturas de gestão das águas fluviais, a zona baixa da cidade tem sido afectada pela erosão e assoreamento, devido à água e areias, entre outros sedimentos, respetivamente.
O município de Nacala conta, neste momento, com 41 bairros e, de acordo com a edilidade, cerca de 30 enfrentam problemas de erosão.
