O Fundo de Investimento e de Património de Abastecimento de Água (FIPAG), em Nampula, acaba de abrir e operacionalizar dois furos de captação subterrânea de água, no âmbito das acções de emergência para fazer face ao problema de falta de água, que afecta actualmente a cidade capital.
De acordo com o director dos serviços centrais de operações do FIPAG, Ilídio Khossa, para além dos dois furos, ora em funcionamento, serão igualmente operacionalizados, nos próximos dias, outros três.
Segundo Khossa, o objectivo final é criar um campo de furos que para além de abastecer os camiões que têm estado a distribuir o precioso líquido pelos diversos bairros da cidade, se conecte as fontes ao sistema de abastecimento a urbe.
Devido a crise, há relatos de que alguns moradores do bairro de Namicopo, Carrupeia e Marere estão a vandalizar algumas condutas, numa tentativa desesperada de ter um pouco de água para o consumo diário.
“Queremos que até Domingo, consigamos incrementar o nível de produção da água, dos actuais 18 mil metros cúbicos, para 20 mil metros cúbicos por dia”-disse Khossa, visivelmente optimista.
Fez saber ainda que, o FIPAG alargou o seu período de operações no abastecimento de água, das 6 às 20 horas, medida que visa permitir que as pessoas tenham acesso ao serviço alternativo de distribuição de água.
A cidade de Nampula está desde Novembro a enfrentar um sério problema de escassez de água, devido a redução drástica dos volumes deste precioso liquido na albufeira.
Segundo dados em nosso poder, devido a crise, o FIPAG passou em Novembro findo a fornecer 25 mil metros cúbicos/dia, contra cerca de 40 mil metros cúbicos/dia.
Em face do agravamento do cenário, o volume passou a partir de Dezembro para 10 mil metros cúbicos/dia, tendo o volume decaído para 6 mil metros cúbicos/dia nas últimas 72 horas.
