Vahanle sem “punho” para desalojar os informais das ruas

Vahanle sem “punho” para desalojar os informais das ruas

O Presidente do Conselho Autárquico da cidade de Nampula, Paulo Vahanle, reconheceu, na última sexta-feira, a falta de capacidade persuasiva da autarquia para convencer os vendedores informais a abandonarem as ruas, local onde retornaram recentemente para a prática de comércio.

O autarca falava durante o encontro que manteve com os membros das Organizações da Sociedade Civil, nomeadamente os representantes dos vendedores, a Confederação das Associações Económicas, CTA, para busca de soluções ante a situação vigente.

 “Nós não temos como disciplinar aqueles concidadãos, por isso vos convidamos para que nos ajudem a ultrapassar o problema” – pediu Vahanle.

Refutou, na ocasião, as informações que circulam dando conta que foi o município que autorizou o regresso dos informais às ruas. Contudo admitiu que houve algum relaxamento da fiscalização por parte da Policia Municipal.

Luís Vasconcelos, representante da CTA, em Nampula, que começou por lamentar a situação vigente, culpou a edilidade por ter relaxado a fiscalização de fazer cumprir o código das posturas municipais, que interdita o exercício de actividades comerciais em espaços públicos não concebidos para o efeito.

Issufo Mubaira, em representação dos vendedores ambulantes, justificou que decidiram retomar aos passeios, alegadamente, porque há falta de clientes nos mercados municipais para onde haviam sido conduzidos.

 “Ali nos passeios, por onde todos passam quando vão e voltam do serviço, a gente consegue alguma coisa durante o dia, ao contrário do que acontece lá nos mercados” – justificou-se Mubaira.

Cachimo Mohamed, da sociedade civil, apenas criticou a edilidade por alegado uso abusivo da força para desalojar os vendedores dos locais onde ilegalmente ocupam, sem, contudo, ter avançado nenhuma sugestão para o problema.