Gondola desdramatiza crise alimentar em Nampula

Gondola desdramatiza crise alimentar em Nampula

O Secretário de Estado de Nampula, Mety Gondola, disse, semana passada, que o governo, através de mecanismos especializados, está a trabalhar no terreno para aferir até que ponto os casos de algumas famílias, que se alimentam de capim e ervas em alguns distritos da província, podem ou não estar relacionados com registo de bolsas de fome.

Entretanto, mesmo antes de apresentação dos resultados preliminares, Gondola desdramatiza a situação e sublinha, de forma cautelosa, que o que se vive na província de Nampula é a perturbação da época agrícola, ocasionado pela queda irregular das chuvas, e este fenómeno não pode, em nenhum momento, ser classificado como ocorrência de bolsas de fome.

 “Estamos seguros que, não estamos diante de uma situação que denuncia a ocorrência de fome na província de Nampula. Pois, o que se assiste é uma perturbação do processo de produção agrícola, decorrente da fraca queda de chuva, mas o cenário não atingiu níveis que se possa considerar que há fome”, justificou o governante.

Para Gondola, trata-se de um problema que deve preocupar a todas as pessoas, mas alertou que para se tirar a conclusão sobre o que esta realmente a acontecer e as suas causas, existe um protocolo que deve ser observado.

 “Não estamos a minimizar a crise de alimentos. Ninguém deve ficar satisfeito quando algumas pessoas enfrentam a privação de comida. A declaração de bolsas de fome pressupõe uma série de questões que devem ser respeitadas” frisou Gondola.

Importa referir que o distrito de Monapo registou um total de 1.896 famílias, que se alimentam de capim e outras ervas desconhecidas devido a crise alimentar.

Entretanto, apenas 250 agregados familiares é que estão a beneficiar de apoio canalizado pelo Governo e os seus parceiros.