O facto de alguns ex-trabalhadores da Avícola EE terem perdido a vida e os cheques referentes ao pagamento dos salários atrasados e indemnização serem nominais, está a condicionar, até certa medida, o pagamento dos valores aos descendentes e/ou familiares.
O facto foi tornado público pelo Secretário-geral adjunto do Sindicato dos trabalhadores do sector de agricultura, indústria do caju e floresta (SAICF), Boaventura Monjane, que esteve em Nampula para aferir o curso do processo de pagamento de indemnização e salário atrasado aos 566 trabalhadores da ex-Avicola.
Segundo explicou, a situação resulta pelo facto de todo o processo ter sido elaborado centralmente.
“As pessoas não tiveram atenção de procurar saber quem ainda estava vivo ou não, antes de emissão dos cheques. Maior parte dos que faleceram não deixaram viúvas ou viúvos, e os seus descendentes, muitos deles, vivem actualmente fora da cidade e para se pagar, há toda necessidade de se encontrar pessoas fidedignas para testemunha”-explicou Monjane.
Tirando isso, segundo garantiu, o processo de pagamento decorre sem sobressaltos.
A fonte disse que mais de metade dos 566 beneficiários já receberam os respectivos valores.
Importa referir que o pagamento dos salários atrasados e indemnização, coloca ponto final as reivindicações dos ex-trabalhadores da Avícola iniciadas 2006 e que só foram consideradas legitimas em 2018.
