O músico e compositor de ritmos macuas, Constantino Warila, vulgarmente conhecido Mwana wa Warila (Filho do Warila), residente na cidade de Nampula, queixa-se de alegada falta de apoios das instituições públicas e privadas para promoção dos seus trabalhos discográficos.
De acordo com o artista, cujos trabalhos começaram a ser do domínio publico a partir de 1983, através da Rádio e Televisão, a única instituição que havia mostrado interesse em promover as suas músicas foi a UniLúrio, mas por razões que desconhece, tudo não passou de mera vontade.
“Mas prontos, eu gosto de cantar. Aliás, a UNILÚRIO, através do seu então reitor, Jorge Ferrão, havia igualmente prometido oferecer uma casa, mas até hoje”- lamentou Warila.
Warila disse que canta desde os seus 7 anos, mas apesar do longo percurso, ele não se considera musico tradicional, porque segundo explicou, musico tradicional é aquele que canta nos ritos de iniciação e em actos de curandeirismo, ao contrário dele, que disse apenas cantar na sua língua materna e temas que versam sobre a moral, ética entre outros, como por exemplo sobre politica, em momentos eleitorais.
Questionado sobre o seu maior sonho, Warila respondeu que era a implantação de uma escolinha para ensino da música e ritmos macuas.
“Já falei isso há anos, na casa provincial da cultura e outras autoridades competentes não consegui espaço.”, disse Warila.
Questionado sobre o seu maior pesadelo, ele apontou dedo acusador a pirataria, uma actividade que segundo ele tem estado a prejudicar, sobremaneira, os artistas, não obstante a existência de uma lei que combate e pune o fenómeno.