Nampula combate venda de carne em condições deploráveis

Nampula combate venda de carne em condições deploráveis

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), Conselho Municipal da cidade de Nampula, sector de agricultura e outros, estão a realizar a segunda fase da campanha de combate à venda de carne bovina, caprina e bovina incluindo peixe, em condições deploráveis nos mercados da urbe, sobretudo informais, pondo em risco à saúde pública.

O delegado provincial da INAE, em Nampula, Élio Rareque, explicou que a campanha não só consiste em sensibilizar aos comerciantes a observarem as mínimas condições de higiene, na conservação e venda de carne, como também no acompanhamento do processo de abate, transporte e comercialização.

“Tratando-se de uma situação muito preocupante e que acontece desde há bastante tempo, decidimos fazer um trabalho envolvendo outras instituições incluindo o próprio município, porque entendemos que não se pode pôr em risco a vida dos consumidores de forma contínua na nossa cidade. É preciso combater este problema até acabar”, disse Rareque.

Rareque acredita que com o envolvimento de outros sectores na implementação da campanha, o cenário possa vir a mudar para melhor, requerendo para isso muito empenho.

A primeira fase da campanha realizou-se no mês passado, mas não surtiu efeitos desejados.

É um trabalho que se pretende seja permanente tendo em conta a persistência da venda, sobretudo de carne nos mercados informais, em condições que põem em causa à saúde pública na cidade de Nampula.

Noutras ocasiões o departamento de pecuária, na direcção provincial de agricultura e segurança alimentar, teria garantido que nunca deixou de estar atento à venda de carne em condições degradantes nos mercados informais na cidade, por ser um problema grave e de saúde pública, contudo, o negócio continua a ser desenvolvido nessas condições.

Entretanto, os vendedores de carne reconhecem as condições inadequadas em que desenvolvem o seu negócio, não só por estarem ao ar livre, mas, também, pelo facto de os produtos e o local de venda não reunirem condições higiénicas. Porém, culpam ao Conselho Municipal que alegadamente continua a não criar locais apropriados, com todas as condições como vedação, refrigeração e fiscalização veterinária para exercerem a sua actividade. 

De referir que na maior parte dos locais de venda não se sabe onde a carne foi abatida e como ela é conservada até chegar ao comprador, para além de ela ficar exposta em sítios impróprios e perto da imundície, o que concorre para a contaminação do produto.