A directora do serviço provincial de saúde, em Nampula, Munira Abudou, deplora o facto de muitas mulheres grávidas sero-positivas não aderirem as consultas pré-natais, no âmbito da prevenção vertical de HIV/SIDA, situação que, segundo ela, está a concorrer para aumento de infecções pela doença, em crianças recém-nascidas.
Dados avançados pela fonte indicam que para mitigar os impactos decorrentes da negligência, mais de 11 mil crianças de várias idades, vivendo com HIV/SIDA, estão a beneficiar de tratamento com recurso aos anti-retrovirais (TARV).
“Pretendemos com esta acção mitigar os efeitos negativos provocados pela pandemia, nomeadamente o enfraquecimento do sistema imunológico” -explicou Abudou.
A província de Nampula conta neste momento com um total 220 unidades sanitárias, capacitadas para oferecer os serviços de tratamento anti-retroviral.
Entretanto, para a melhoria de qualidade de assistência às pessoas vivendo com o HIV/SIDA, o sector de saúde acaba de promover uma acção de capacitação de um grupo de 23 pontos focais de todos os distritos de Nampula.
Aquela responsável explicou que a organização da capacitação surgiu pelo facto de o sector que dirige reconhecer ser necessário e urgente a melhoria da qualidade de serviços de assistência a esses doentes na província.
Por outro lado, Abudou lamentou o facto de muitas pessoas estarem a abandonar o tratamento, complicando desta forma, a sua vida, como aconteceu ao longo do primeiro semestre do presente ano em que pelo menos 240 pessoas desistiram do TARV.
Segundo o sector de saúde, a terapia antireroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.