A Ordem dos Enfermeiros em Nampula lamenta a proliferação dos enfermeiros sem vocação nas unidades sanitárias da província, o que está a criar desconforto no seio da classe, pois tem-se estado de forma recorrente a violar-se alguns instrumentos e princípios, assim como a ética e deontologia de profissionais desta classe.
Estas lamentações foram apresentadas quarta-feira, na cidade de Nampula, a margem de um encontro de reflexão sobre o código de ética e deontologia do enfermeiro e humanização dos serviços nas unidades sanitárias, alusivo ao 12 de Maio Dia Mundial do Enfermeiro, que hoje se comemora.
A Responsável de enfermagem na cidade de Nampula, Fátima de Carvalho, fez saber que, nos últimos anos, alguns profissionais perderam a humanização, um dos elementos importantes que um profissional do sector de saúde deve ter em consideração.
“Muita das vezes, as pessoas vão concorrer e fazer o curso de enfermagem sem vocação, e esta falta de vocação, faz com que desorganizem o nosso trabalho” – disse Carvalho.
Entretanto, o delegado da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, em Nampula, Felizardo Raul, exige maior reflexão por parte dos profissionais de saúde, com vista a mudar o paradigma sobre a situação de mau atendimentos nas unidades sanitárias.
A fonte reconhece que, infelizmente, alguns enfermeiros não têm conhecimento sobre o código de ética e deontologia, dai que exige também maior leitura deste instrumento, com vista a conhecer os deveres e direitos, proibições assim como penalizações em caso de algumas infracções no sector de trabalho.
“Conhecendo estes instrumentos, é possível haver aqui alguma mudança de comportamento por parte do enfermeiro” disse Raul.