A província de Nampula lançou ontem, na cidade capital, o programa “Okhala Sana” destinado a fortalecer e melhorar os cuidados nutritivos na primeira infância das crianças entre zero e três anos de idade. Trata-se de uma iniciativa avaliada em 1,2 milhão de dólares, que será implementada nos postos administrativos de Iapala e Netia, nos distritos de Ribàué e Monapo, respectivamente, durante três anos.
A implementação do projecto está a cargo da organização internacional Childfund Moçambique, em parceria com a associação de saúde (EHALE) e a associação para o fortalecimento comunitário (AFC.UATAF), ambas nacionais, e tem apoio financeiro da fundação Conrad N.Hilton.
Espera-se que o programa venha a melhorar o desenvolvimento do potencial das crianças beneficiárias, ajudando-as a desfrutar de uma boa saúde física e mental, viver em ambiente familiar seguro e em comunidades de apoio.
O Director Nacional da fundação Child fund, em Moçambique, René Abílio, disse que o objectivo geral do projecto é de melhorar o desenvolvimento das crianças de zero a três anos de idade, em locais prioritários do país, sendo a província de Nampula o local escolhido para sua implementação nesta primeira fase.
O Director do Gabinete do Secretário de Estado da província de Nampula, Tomé Chakushasha, que procedeu ao lançamento oficial do projecto, em representação do secretário de Estado, fez saber que a nutrição na primeira infância é importante para o desenvolvimento das crianças, sobretudo aquelas que vivem em situação de desnutrição crónica.
“Nos últimos cinco anos o índice de desnutrição crónica diminuiu, passando de 43% para 38% em crianças menores de 5 anos de idade” disse Chakushasha, sustentando que, apesar desta redução alcançada neste período, em resultado de vários programas implantados pelos parceiros do governo, os índices da desnutrição ainda continuam a preocupar a nível da província de Nampula.
“Continua preocupante, porque Nampula afigura na lista das províncias com maior índice de desnutrição crónica a nível do nosso país” lamentou Chakushasha.
“Com a implementação deste projecto, esperamos que se consciencialize e se mobilize toda sociedade, para o combate a este flagelo silencioso, que pode condicionar o futuro da nossa província” acrescentou.
