APSUSM anuncia suspensão de serviços mínimos nos hospitais

APSUSM anuncia suspensão de serviços mínimos nos hospitais

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), anunciou a suspensão dos serviços mínimos de saúde prestados aos pacientes a nível de todas as unidades sanitárias do país, desde ontem, por um período de 15 dias prorrogáveis, por falta de consensos com o governo, na sequência da greve decretada por esta agremiação, no passado dia 29 do mês passado.

A greve, segundo apurou a Wamphula-fax, está sendo observada por todos os profissionais de saúde, entre eles enfermeiros, pessoal da área administrativa, auxiliares, motoristas, entre outros, com excepção dos médicos.

Os grevistas reivindicam a disponibilização de material de trabalho, nomeadamente luvas, máscaras, blocos operatórios adequados, para trabalhos de cirurgias e gesso nas unidades sanitárias.

No rol das preocupações, a classe fala igualmente da falta de antibióticos, antimaláricos, paracetamol, hipertensivo, lâminas, corantes para preparar amostras para serem observados ao microscópio, reagente para medir açúcar no sangue, creatinina, e ainda para fazer hemograma e exames para diagnóstico de causas de diarreias, e infecção urinária.

O Coordenador da Associação de APSUSM), em Nampula, López Juma Remane, que falava ontem na cidade de Nampula, em conferência de imprensa, para dar a conhecer o ponto de situação da greve, passados duas semanas depois da mesma ter sido decretada, apontou igualmente a falta de pagamentos de horas extraordinárias, enquadramento definitivo dos que estão em regime provisório.

“Esperávamos que o governo reagisse a estas nossas preocupações, mas infelizmente não foi o que aconteceu”-disse Remane.

A APSUSM disse ter acompanhado com alguma preocupação o posicionamento do governo, na voz do respetivo ministro Armindo Tiago, ao afirmar que o executivo estava a responder positivamente maior parte das exigências apresentadas pelos profissionais, no seu caderno reivindicativo, que nenhum hospital do país os profissionais de saúde estavam em greve, entre outras informações que não são verdadeiras.

O responsável refutou na ocasião as informações partilhadas pelo ministro da saúde Armindo Tiago, através da média nacional, dando conta sobre o reenquadramento de 60 mil profissionais e o pagamento, de forma progressiva de horas extraordinárias e turno em atraso, devido ao elevado número daqueles profissionais de saúde.

Por causa da greve, segundo Remane, verificam-se casos de má prestação de serviços pelos estudantes dos institutos de saúde, que estão a assegurar serviços mínimos.

“O que nós queremos da parte do governo são respostas concretas e palpáveis das nossas exigências”-sentenciou Remane.