Estão praticamente abandonadas as obras de construção do centro de saúde e escola primárias, nas localidades de Reno e Issipe, respectivamente, no distrito de Mecuburi, em Nampula, situação que frustrou as expectativas dos residentes das duas unidades territoriais, que acreditavam na melhoria das condições de assistência sanitária e ensino aprendizagem, com a conclusão das duas infraestruturas.
O centro de saúde de Reno, orçado em mais de 17 milhões de Meticais, cujas obras iniciaram no mês de Junho do ano de 2022 tinham um prazo de execução de cinco meses, enquanto que as de construção da Escola Primária de Issipe, que compreenderia cinco salas de aulas, igual número de sanitários e um bloco administrativo e dois pontos de lavagem das mãos, avaliada em mais de 4 milhões de Meticais, a empreitada iniciou em Outubro de 2022, mas de lá para cá, tudo continua parado.
A paralisação destas duas infraestruturas, segundo apurou o nosso jornal nos dois locais, gorou as expectativas dos residentes das duas regiões e só para se ter uma ideia, a população de Reno que dista há 34 quilômetros da vila sede do distrito de Mecubúri, percorre mais de 10 quilómetros, para ter cuidados sanitários, na comunidade de Popue.
Em Issipe, os alunos da Escola primária local, estudam em salas de aula construídas com material precário e outros ao relento, enquanto aguardam pela conclusão das salas convencionais.
Nestes dois povoados do distrito de Mecubúri, a população desconhece os motivos por detrás do abandono das obras, pelo empreiteiro.
Lúcia Alberto, mãe de dois filhos residentes na localidade de Reno, disse em entrevista ao nosso jornal, ser constrangedor, sobretudo para as mulheres grávidas, percorrer longas distâncias para dar à luz.
“Um dos meus filhos nasceu a caminho de Popue. Estamos a sofrer e pedimos ao governo para acelerar a conclusão da unidade sanitária”, clamou Alberto, acrescentando que “estamos a sentir muita demora na conclusão deste hospital, e sofremos muito quando estamos doentes porque em Popue onde tem hospital é muito distante daqui, quando saímos de manhã a pé só voltamos no fim do dia”.
Um dos pedreiros afectos às obras de construção do centro de saúde do Reno, contou que a obra está paralisada por falta de desembolso dos fundos, por parte do governo.
Segundo a fonte, inicialmente, a obra estava a ser construída por um grupo de trinta trabalhadores, tendo o número reduzido para uma dezena, por causa de paralisação e falta de pagamento de salários.
Oliveira Vasco, residente na localidade de Issipe, disse em entrevista ao Wamphula-fax, que as condições actuais, em que se encontram a escola, não oferecem segurança, muito menos comodidade.
“Quando chove, os professores dispensam os alunos, porque a água da chuva entra nas salas de aula e molha quase tudo”, lamentou Vasco, que pediu ao governo, a retoma e conclusão das obras de construção de salas de aula.
Segundo Noval Albino, a população de Issipe já apresentou reclamações por várias vezes, durante as visitas do administrador.
A nossa reportagem tentou, mas sem sucesso, obter detalhes sobre o assunto acima mencionado, por parte do sector de saúde e de educação, a nível da província, por causa das formalidades burocráticas.
