Os moradores do bairro de Marrere-expansão, localizado no posto administrativo de Natikiri, arredores da cidade de Nampula, estão há duas semanas, sem abastecimento regular de água canalizada, devido a destruição da conduta que prove o precioso líquido, durante as obras de reabilitação da estrada que liga a N1 ao hospital geral de Marrere.
Segundo apurou o nosso jornal, o problema abrangeu, com maior enfoque, as comunidades de Mucopoua e Muepelome.
Alfredo Cachote residente na zona de Muepelome, explicou que, face à situação, a população daquela área jurisdicional recorre aos rios próximos ou poços caseiros, para suprir o problema de água, apesar dos riscos para a saúde daí decorrentes.
“Ao longo dessas duas semanas, muitos têm recorrido a água do rio Muepelume, para beber e cozinhar, não temos outra saída”, disse Cachote.
Clarice Juma, residente em Mucopoua, contou ao nosso jornal que, devido à crise de água, ela e outras pessoas, são obrigadas a percorrer mais de dois quilómetros, todos os dias, para as comunidades vizinhas a busca do precioso líquido.
“Como em Mucopoua não sai água, costumo ir buscar todos os dias na zona da pedreira”, disse Clarice.
Belarmina Tomas, uma empreendedora, cujo negócio depende muito de água, explicou que desde que a crise se instalou o negócio anda a meio-gás.
“Costumo fazer refeições para vender no mercado que fica aqui bem próximo, mas por causa desta crise, tenho estado a enfrentar muitas dificuldades”, -disse sem entrar em detalhes.
A nossa reportagem tentou ouvir a empresa acusada de estar por detrás do problema, mas sem sucesso. Contudo, tivemos conhecimento que uma equipa constituída por técnicos da empresa Águas do Norte (AdN) foi solicitada e esteve no final de semana no local para reparar a avaria.
