No início deste mês, o nosso jornal publicou uma notícia, citando fontes identificadas e em nome da população do bairro de Namutequeliua, nos arredores da urbe, que denunciavam um alegado abandono de um terreno que onde, presumivelmente, pelo seu estado deserto, estava a ser antro de esconderijo de malfeitores.
Na altura não foi possível ouvir a versão do proprietário do espaço, porque quando procurado os seus colaboradores afirmaram estar fora da província, mas ante a nossa insistência, Abdul Gani Gafar desmente as informações relatadas pelos munícipes de Mutava-Rex.
Surpreso com as abordagens dos denunciantes, Abdul Gani Gafar começou por explicar ao nosso jornal, que existe no terreno uma equipa instalada a fazer trabalhos diariamente, durante o ano todo.
“Eu, pessoalmente, visito constantemente a unidade, para fazer a fiscalização e apreciação dos trabalhos durante a semana. Quando se fala de habitat de animais, como cobras, crocodilos, isto não é verdade. Temos lá guardas e capatazes, incluindo dezenas de trabalhadores”, disse.
Aliás, justificou que a equipa de colaboradores faz limpezas, sacha, rega das plantas, manutenção dos cajueiros, fumigações e centenas de animais a pastarem. Reiterou que desconhece caso algum de mordedura de cobra naquele local pelo que tudo não passa de invenção de gente de má fé e por motivos inconfessáveis.
Convidou o nosso repórter a visitar o local e confirmou-se a existência de uma represa que retém água durante todo o ano e que a mesma até beneficia a população.
“As pessoas foram construindo suas casas próximo da represa e não posso controlar o que está dentro das águas, se é que existe alguma coisa como dizem”, referiu.
Quanto aos alegados malfeitores, a fonte comentou questionando como é que os ladroes se escondem naquele local e não roubam nada que la existe, dentro da unidade.
“Existem no local materiais de manutenção, de fumigação e outros, que nunca foram assaltados. Esse malfeitor que vem se abrigar na nossa unidade e não rouba nada do que é nosso, porque?”, questionou.
Contudo, antes de terminar a sua abordagem a fonte lamentou o comportamento de certa população vizinha que não respeita os ditames da boa convivência e vai construindo sobre o limite do seu espaço com tendência a invadir o que não se concretiza porque o terreno não está abandonado.
“Nós não estamos em confronto com eles, mas a atitude parece de descontentamento ou provocação, porque não estamos a permitir essas invasões por parte deles…”, queixou-se, a fonte.
