Um grupo de meliantes, ainda à solta, tem estado a protagonizar, nos últimos dias, assaltos e roubos em bares e barracas de venda de bebidas alcoólicas e produtos de primeira necessidade, situação que preocupa não só os proprietários, como também os clientes daqueles estabelecimentos comerciais.
O caso mais recente teve lugar no bairro de Muahivire-Expansão, mais concretamente na zona conhecida por “Watavare”, onde estes larápios esvaziaram os cofres e se apoderaram de algumas bebidas alcoólicas.
Segundo apurou o nosso jornal, os indivíduos, para realizar as suas operações, fazem-se transportar em motorizadas e usam armas de fogo para ameaçar as suas vítimas.
“Eles chegaram quando já passavam das 23 horas, exibiram a arma e, sem resistência, os donos do bar renderam-se. Esvaziaram os cofres e entregaram todo o dinheiro ao grupo”, contou Marcos Momade, morador que disse ter testemunhado a situação.
No último sábado, houve um episódio similar no bairro de Muhala-Expansão, onde o alvo foi uma barraca de venda de produtos de primeira necessidade.
“Fizeram-se passar por clientes, disseram que queriam comprar água, mas quando eu estava a atendê-los, apontaram-me uma pistola. Resisti e, graças à intervenção dos vizinhos, não conseguiram levar o dinheiro. Apenas levaram um telefone celular”, disse o proprietário da barraca.
Há quatro dias, também houve um assalto, desta vez na zona vulgarmente conhecida por “4 Caminhos”, no bairro de Namutequeliua, onde os meliantes apoderaram-se de 30 mil meticais, pertencentes a um proprietário de um bar ali existente.
Aliás, na semana passada, e em plena luz do dia, um grupo de meliantes, também munidos de uma pistola, dirigiu-se ao recinto do supermercado Shoprite, onde agrediram um cidadão e, em seguida, apoderaram-se da mala daquele, que na altura continha 716.000,00 meticais. Para lograr o seu intento, o grupo disparou a arma de fogo, facto que fez com que os presentes se afastassem do local, temendo serem alvejados.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, através da sua porta-voz, Rosa Chauque, confirmou que a corporação tem nos seus registos de ocorrência casos de assaltos a alguns estabelecimentos comerciais e que estava a envidar esforços para a neutralização dos implicados.