A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), em Nampula, advertiu, há dias, que seriam tomadas medidas administrativas contra os comerciantes que agravarem os preços de produtos, principalmente os de primeira necessidade, fora das margens de lucro previstas pela lei, devido ao impacto das manifestações que ocorrem no país.
Para o efeito, foram criadas equipas multissectoriais compostas por técnicos da Direcção Provincial da Indústria e Comércio, dos Serviços Provinciais das Actividades Económicas e do Conselho Municipal, para monitorizar a tendência dos preços dos produtos alimentares básicos, a nível dos mercados e estabelecimentos comerciais da cidade de Nampula.
O delegado interino da INAE em Nampula, Silvano Alexandre, acrescentou que foram igualmente criadas brigadas que estão a sensibilizar os agentes económicos para não extrapolarem os preços e venderem produtos fora do prazo.
“Se a INAE descobrir que há especulação de preços, irá fazer valer a lei que regula as margens máximas de lucros e tomaremos as medidas administrativas e criminais junto das entidades competentes”, advertiu Alexandre.
Aliás, garantiu que, nos últimos três meses, a INAE não interveio em nenhum estabelecimento devido à comercialização de produtos fora do prazo.
De referir que, recentemente, a INAE constatou a variação dos preços de produtos básicos, com destaque para a farinha de milho, que passou de 420 para 460 meticais o saco de 10 quilogramas. No caso do quilo de farinha de milho, o preço passou a ser 70 meticais, contra os 50 meticais anteriores, e cada favo de ovos custa agora 280 meticais, contra os anteriores 250 meticais.
Em relação a esses outros produtos, os cálculos feitos pela INAE mostram que a variação dos preços não viola as margens máximas de lucro, embora reconheça que houve uma subida nos preços aplicados aos consumidores de produtos alimentares.
