O chefe da brigada central do partido Frelimo, responsável pela assistência à província de Nampula, Filipe Paunde, entende que chegou o momento de o povo moçambicano se reconciliar, deixando para trás os acontecimentos que resultaram na destruição de várias infraestruturas sociais, na sequência das recentes manifestações em protesto contra os resultados eleitorais, e focando-se no trabalho, com vista ao desenvolvimento sócio-económico do país.
Paunde, que falava esta quarta-feira na cidade de Nampula, no âmbito da sua visita à província, referiu que, neste momento, o povo deve estar engajado na promoção da unidade nacional e na cultura de trabalho, que, segundo ele, são elementos essenciais para o desenvolvimento do país.
Para ele, as manifestações ocorridas no país em protesto contra os resultados eleitorais têm como objectivo apenas distrair o povo, que luta pela melhoria das suas condições de vida.
Aproveitou a ocasião para condenar os actos ocorridos recentemente nos distritos de Larde e Moma, no sul da província de Nampula, que resultaram na queima de várias residências e duas viaturas pertencentes às empresas EDM e Kenmare, entre outros danos.
“A nossa mensagem é dirigida aos jovens. Queremos pedir-lhes que não se deixem enganar por aqueles que querem cimentar o divisionismo no seio dos moçambicanos. O nosso país enfrenta muitas dificuldades, ou seja, somos um país pobre, e quando destruímos aquilo que conseguimos com suor, isso significa retrocesso”, referiu Paunde.
Informou que, durante a sua estadia em Nampula, vai solidarizar-se com as famílias das vítimas das manifestações e dos danos causados pelos ciclones CHIDO e Dikeledi.
“Não temos bens materiais para doar às famílias que perderam quase tudo em consequência das tempestades, mas vamos criar condições e, em tempo oportuno, iremos nos pronunciar”, assegurou Paunde.