O Governo do distrito de Nacala e técnicos do Conselho Autárquico local estiveram reunidos esta terça-feira para avaliar a vulnerabilidade das famílias que viram as suas casas destruídas e bens perdidos, tendo criado equipas multi-sectoriais para irem às comunidades e apurar a realidade da situação.
Existe a sensibilidade de que o número de casas destruídas é maior, e o Governo assume que não tem a capacidade de apoiar todas as vítimas. Por isso, a administradora do distrito e o presidente do município acordaram em canalizar o pouco que existe para as pessoas mais vulneráveis. Trata-se de crianças chefes de famílias, idosos, pessoas com deficiência e doentes em estado grave.
Enquanto se estuda essa possibilidade de ajuda, ficou acordada a necessidade de sensibilizar os cidadãos no sentido de construírem casas resilientes a calamidades naturais. Aliás, o chefe do Posto Administrativo de Muanona, Alberto Momade Liale, indicou que, ao seleccionar as pessoas mais afectadas, é importante ter maior cautela para evitar o risco de as autoridades serem acusadas de nepotismo e amiguismo, facto que poderá gerar confusão.
Por seu turno, o presidente do Conselho Autárquico de Nacala, Faruk Momade Nuro, frisou que o acto de levantar os dados estatísticos relacionados com o ciclone não significa que haja uma garantia de assistência imediata, pois é uma acção que visa verificar as famílias afectadas.
Espera-se que a sensibilização também seja feita na perspetiva de as pessoas compreenderem que não há apoio suficiente para todos.