As farmácias da cidade de Nampula têm estado a registar, de forma frequente, escassez de fármacos, situação que é preocupante, pois os utentes têm recorrido as farmácias privadas, onde os custos são demasiadamente elevados para a obtenção de medicamentos.
Porém, parece que há culpados. Pois, reagindo sobre este facto o Chefe do departamento de saúde pública, no Serviço Provincial de Saúde, em Nampula, Geraldinho Avalinho, disse que a roptura de stock de medicamentos nas farmácias pública resulta da suposta deficiente comunicação entre os gestores das farmácias das Unidades Sanitárias (US) e dos depósitos dos medicamentos, durante o processo de distribuição dos fármacos.
“Temos exortado aos médicos -chefes e directores das unidades sanitárias, de modo a efectuarem uma monitoria regular sobre a disponibilidade dos medicamentos nos depósitos e farmácias. Porém, o que notamos é que há deficiente comunicação entre os chefes dos depósitos dos medicamentos e farmacêuticos, pois nunca tivemos falta de medicamentos nos depósitos”, explicou Avalinho.
Aliás, a falta de medicamentos nas farmácias públicas em Nampula é uma situação que vem acontecendo desde há bastante tempo, e que aparentemente não se vislumbra para breve a sua solução.
“Olha, isto é muito complicado para um doente. Só consegui dois tipos de medicamentos dos oitos que estão prescritos na minha receita médica. Fui em todas as farmácias públicas da cidade de Nampula e disseram que não existem. Não tenho outra alternativa, senão ir às farmácias privadas para conseguir pelo menos dois, já que tenho pouco dinheiro”, lamentou Helena João, residente no bairro de Napipine.
Na cidade de Nampula outra alternativa dos pacientes tem sido o mercado informal, onde os medicamentos são adquiridos com todos os riscos de saúde, em parte por falta da sua conservação e manejo adequados.