A Organização Nacional dos Professores (ONP), em Nampula, através do respectivo secretariado provincial, repudiou, há dias, o aumento de actos criminais, com destaque para assassinatos praticados por motivos passionais, que têm vindo a ser protagonizados por alguns membros daquela agremiação.
Recentemente, um professor espancou e assassinou, com requintes de crueldade, a esposa, também professora, por motivos passionais.
Para concretizar o crime, o suposto assassino usou gasolina, que entornou para o corpo do seu cônjuge, para depois atear fogo, provocando-lhe queimaduras graves que, mais tarde, lhe levaram a morte.
O secretário provincial daquela organização em Nampula, André Chana, disse que nos últimos anos se tem verificado uma tendência de aumento de comportamentos criminosos, por parte de alguns professores, o que contraria a missão deles que é a de velar pela formação e educação do homem na sociedade.
“Só para citar outros exemplos macabros protagonizados por alguns professores na nossa província, dizer que em pleno dia 12 de Outubro de 2010, um casal de professores envolveu-se em briga, que resultou na morte da professora. Em 2017 uma professora assassinou o próprio esposo no distrito de Murrupula. É muito triste que isto aconteça no nosso seio, como educadores”, lamentou Chana, falando à imprensa na cidade de Nampula.
A fonte deu a conhecer que, ainda neste ano, três professores que davam aulas em algumas escolas do distrito de Rapale decidiram formar uma quadrilha perigosa que se dedicava no roubo de diversos bens da população daquele distrito na calada da noite.
Depois de o grupo ter-se envolvido em várias acções de assalto à cidadãos e residências naquele distrito, acabou sendo neutralizado pela Polícia da República de Moçambique (PRM).
A ONP em Nampula diz que está apreensiva com estas atitudes criminosas perpetradas por um punhado de professores, porque mancha sobremaneira a classe dos profissionais da educação no país, em particular na província de Nampula.
“Queremos que o professor tenha orgulho de sê-lo, exercendo com dignidade a sua profissão, o que passa pela defesa da sua carreira”, apelou.