Foi lançado, na segunda-feira, na localidade mineira de Mavuco, no distrito de Moma, na província de Nampula, a cerimónia oficial do 1º Censo de Mineiros Artesanais de Moçambique (CEMAM).
Falando na ocasião, o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela, explicou que o censo pretende ter conhecimento real sobre a actividade mineira artesanal, para além do potencial de recursos, com destaque para as gemas.
O governo pretende ainda que os recursos minerais, contribuam para a transformação económica do país, dando-lhe valor acrescentado, melhoria da sua industrialização, elevação dos níveis de empregabilidade e do desenvolvimento socioeconómico das comunidades.
“O governo está apostado na promoção de acções que garantam a formalização da actividade mineira artesanal e na disseminação de práticas, que assegurem a redução de riscos que tem sido reportados em vários pontos do nosso país com a ocorrência de mortes, devido a insegurança que se regista no garimpo, assim como a utilização de produtos que não são ambientalmente recomendáveis”, anotou Max Tonela.
As estatísticas demonstram que a produção mineira contribuí em cerca de 9% para o Produto Interno Bruto (PIB), valor considerada baixo para aquilo que, segundo o governo, é o potencial do país na matéria.
Segundo Tonela, nesta primeira fase, o censo vai decorrer nas províncias de Nampula, Maputo, Inhambane e Gaza.
Este primeiro Censo de Mineradores Artesanais de Moçambique será realizado por técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Para o director-geral daquela instituição, Alexandre Marrupe, o sucesso do CEMAM, depende em parte da qualidade das actividades de campo que serão efectuados pelos recenseadores, controladores e supervisores.
Recomendou sobre a necessidade de se observar, rigorosamente, todos os aspectos metodológicos concebidos para o trabalho de campo.
“Depende igualmente da colaboração de todas as comunidades abrangidas, que devem responder de forma aberta as questões colocadas pelos técnicos do INE” -disse Marrupe.