Em Nampula, há relatos que indicam que os brigadistas envolvidos no processo de recenseamento eleitoral estão a condicionar a inscrição de potenciais eleitores ao fornecimento de alguns produtos alimentares, por conta da fome que estão a experimentar, devido a falta de pagamento do valor complementar referente ao subsídio a que têm direito.
O director provincial do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Luís Cavalo, não confirma o registo de tais casos, mas reconhece que a falta de pagamento de subsídios pode desmotivar os brigadistas.
Cavalo admitiu haver alguma morosidade no pagamento dos 50 por cento do subsídio, mas sublinhou que tal deve-se ao atraso no desembolso dos valores para esta rubrica.
Para realizar o recenseamento eleitoral, na província de Nampula, o STAE recrutou 3.150 brigadistas, que atende nos mais de 1200 postos de recenseamento criados em todo os distritos.
Cavalo, que falava ontem, quarta-feira, em conferência de imprensa, na cidade de Nampula, disse que volvidos 17 dias a província registou 1.8 milhão de potenciais eleitorais.
