Supostamente, um total de 16 Centros de Saúde foi destruído em 15 distritos da província de Nampula durante as recentes manifestações políticas pós-eleitorais, segundo revelou esta semana o governador de Nampula, Manuel Rodrigues, à margem da inauguração de um centro de saúde na localidade de Roeique, no distrito de Ribaué.
“Destruir um centro de saúde é uma manifestação? O que tem um centro de saúde a ver com a reclamação dos resultados eleitorais? Por favor, não podemos destruir os bens que construímos para servir a todos nós”, exortou Rodrigues.
O governante explicou que, neste momento, a população do posto administrativo urbano de Namicopo, nos arredores da cidade de Nampula, por exemplo, está a passar por momentos críticos devido à destruição do centro de saúde local.
Por conta disso, os doentes estão a ser transportados para o Centro de Saúde 1º de Maio, no centro da cidade de Nampula, que fica a uma longa distância do interior daquele populoso posto administrativo.
“Por isso, meus irmãos, não devemos vandalizar os bens públicos, pois essas infraestruturas atendem a nós próprios. Ponham a mão na consciência e mudem de atitude. Estamos a sofrer por causa da nossa própria acção e quando a cabeça não regula, é o corpo que paga…”, acrescentou Rodrigues.
Com a entrega do centro de saúde de Roeique, a população local deixou de percorrer os 52 quilómetros até à sede do distrito de Ribaué, bem como os 26 quilómetros até à sede do posto administrativo de Cunle, em Nampula, à procura de cuidados sanitários.
O centro de saúde está apetrechado com camas e equipamentos médicos cirúrgicos para as doenças que necessitam deste tipo de intervenção médica.
Com a construção e entrega desta unidade sanitária, a província aumentou para 12 o número de infraestruturas deste género construídas ao longo de Nampula durante o ano passado. Assim, Nampula passa a contar com 249 unidades sanitárias de nível primário para atender a população, sem a necessidade de percorrer longas distâncias.