Os funcionários do Conselho Municipal da cidade da Ilha de Moçambique, em Nampula, estão há semanas com as actividades paralisadas, por conta de uma alegada greve convocada para exigir o pagamento do 13º salário do ano passado, canalização de descontos que sofrem, para o sistema de previdência social, realização de actos administrativos, tais como progressões e mudanças de carreira, entre outros direitos.
Segundo contaram alguns funcionários, os encontros havidos entre os trabalhadores e os gestores municipais, para solução dos problemas, não têm surtido resultados e de acordo com Anchia Santana, funcionária, a falta de pagamento do 13º salário é que está a criar mais desconforto no seio dos trabalhadores.
“Alguns têm dívidas com o banco e estavam à espera deste valor de décimo terceiro salário para pagar as letras”, destacou Santana.
Abel Severino, outro funcionário da edilidade, garante que a greve só será levantada se as reivindicações forem satisfeitas pelos gestores do Conselho Municipal.
Confrontado pela nossa equipa de reportagem sobre o assunto, o presidente do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, Ismael Chacufa, reconheceu a dívida, mas explicou que tal deve-se a redução do valor que a edilidade recebia, referente a rubrica de Fundo de Compensação Autárquica, que baixou de 32 milhões para 30 milhões de meticais.
Pediu calma aos funcionários, porque, segundo ele, esforços estão em curso visando resolver o assunto, mas lamentou o facto de os técnicos terem paralisado os trabalhos, segundo ele, apesar dos problemas existentes, a instituição deve continuar a servir os munícipes.