Foram enterrados ontem, quarta-feira, no cemitério velho, na cidade de Nampula, os restos mortais de Rafael Domingos Omar, jornalista e editor na Emissora Provincial da Rádio Moçambique, em Nampula, vítima de doença prolongada.
Familiares, amigos e colegas de trabalho destacam a dedicação do malogrado e falam de uma perda irreparável em diferentes áreas de actuação, especialmente na comunicação.
“Conheci e convivi com o Rafael Omar desde 1980. Ele tinha uma forma impulsiva de praticar o jornalismo, abordava as questões pelos seus próprios nomes, e isso contribuiu bastante para a governação apartidária na província. No entanto, Moçambique, assim como Nampula, perdeu um grande nome no que diz respeito ao jornalismo investigativo.” Disse Vasco da Gama, amigo do falecido.
Nelson Tatanha, colega de trabalho, mostrou-se triste e referiu que a Rádio Moçambique, Emissora Provincial de Nampula, perdeu um grande pilar para o seu funcionamento.
“Quando conheci o Tio Rafa, eu era muito novo profissionalmente. Recordo-me de que ele era o portador dos nossos desafios, ajudando-nos a crescer para que pudéssemos ser o que somos hoje. É, sem dúvida, uma grande perda para a Rádio Moçambique (RM) em Nampula.” Disse.
Rafael Omar Júnior, filho do malogrado, mostrou-se triste pela perda do pai e referiu que ele, em vida, era um grande portador de conselhos com visão de desenvolvimento do país.
“Perdi um grande conselheiro. O meu pai tinha um lado familiar voltado para conselhos que visavam o desenvolvimento da província e do país. No entanto, ele foi o meu pai, e fico feliz pelo legado que deixou” – referiu.
De referir que Rafael Omar deixa uma viúva e quatro filhos. O malogrado ingressou na Rádio Moçambique em 1992, onde exerceu os cargos de chefe da redação e editor até à última terça-feira, data da sua morte.