Três alunos da Escola Secundária de Angoche e um comandante da embarcação, conhecida como “Nahota”, perderam a vida na terça-feira em um naufrágio enquanto se dirigiam à escola.
As autoridades apontam a superlotação do barco à vela e o mau tempo como as principais causas do incidente. A embarcação partiu do bairro de Tamol em direcção à cidade de Angoche, em uma travessia de apenas 100 metros, mas não conseguiu chegar ao destino. Actualmente, 13 pessoas foram resgatadas, enquanto dezenas continuam desaparecidas.
Para os residentes do bairro, a via marítima é a melhor opção de transporte, pois a alternativa terrestre é mais longa, especialmente para chegar à Escola Secundária.
Testemunhas que estiveram no local ajudando as vítimas relataram que, ao serem accionados, a administração marítima e o Hospital Rural de Angoche iniciaram os trabalhos de resgate. Contudo, a demora na chegada da ambulância resultou na morte de três pessoas no local do incidente.
O administrador do distrito de Angoche, Wiliam Tunzine, que visitou os sobreviventes após retornar da localidade de Mulicuiua, descreveu a situação como seriamente preocupante. “Estávamos a trabalhar na localidade de Muliquia, onde ocorreu um incêndio, e ao voltarmos à cidade nos deparamos com essa situação. Chegamos ao hospital para visitar os sobreviventes e estamos a trabalhar para encontrar aqueles que estão desaparecidos”, lamentou Tunzine.
Por sua vez, o director do Hospital Rural de Angoche, Antonio Munissa, confirmou a entrada de 13 sobreviventes e assegurou que não houve óbitos registrados no hospital, garantindo que os pacientes em tratamento estão fora de perigo. As buscas para encontrar os desaparecidos estão em andamento.
