Gás natural vai impulsionar produção de energia em Nacala

Gás natural vai impulsionar produção de energia em Nacala

O distrito de Nacala-Porto, na província de Nampula, prevê a construção de uma central eléctrica com capacidade de 200 megawatts, com base em gás natural, com o objectivo de responder à crescente procura energética na região.

A iniciativa está a ser liderada pelas organizações NOR Energy e Azura Power, que apresentaram ao Governo moçambicano a proposta para a implementação da referida infra-estrutura.

Como parte do processo, foi realizada, na semana passada, a primeira de várias sessões de consulta pública, sob coordenação da empresa IMPACTO. O evento contou com a participação de representantes do governo, técnicos do Conselho Municipal de Nacala, líderes comunitários e outras entidades relevantes.

De acordo com informações apuradas pelo Wamphula Fax, estas consultas públicas visam produzir um estudo de impacto ambiental que servirá de base para a decisão final do projecto.

Segundo a representante da IMPACTO, Luciana Santos, a construção da central tem como objectivo primordial melhorar o acesso à energia limpa, reduzir as emissões de gases poluentes, minimizar os custos de transmissão através de rotas mais eficientes e mitigar os riscos de interrupções no fornecimento.

Santos sublinhou que, apesar de Moçambique possuir vastos recursos energéticos e exportar electricidade para países como África do Sul, Zimbabué e Zâmbia, apenas cerca de 40% da população tem acesso à energia eléctrica.

Entre os factores que contribuem para os frequentes cortes no fornecimento, destacam-se a degradação das infra-estruturas de transmissão, o aumento do consumo interno, a produção instável e os fenómenos naturais extremos.

“Este projecto de central eléctrica a gás natural está totalmente alinhado com os objectivos do Governo Moçambicano para o reforço da capacidade de produção de energia com base em fontes mais sustentáveis”, afirmou Luciana Santos.

Por sua vez, o administrador do distrito de Nacala-Porto, Morchido Daúdo Momade, garantiu que o Governo irá criar condições para viabilizar o projecto, sem descurar a necessidade de proteger o meio ambiente e respeitar as normas legais aplicáveis.