Ciclistas “usados” na exploração ilegal da madeira em Nampula

Ciclistas “usados” na exploração ilegal da madeira em Nampula

Alguns madeireiros têm estado a despistar as autoridades ao transportar o produto em bicicletas, ao invés de camiões, situação que está a lesar o Estado e o ambiente, devido a falta de pagamento de taxas e controlo eficaz da quantidade de madeira explorada.

As autoridades que dirigem o sector de Floresta e Fauna Bravia, que já se aperceberam da tramóia, têm estado a intensificar as suas actividades de fiscalização, principalmente no distrito de Muecate, de onde se presume esteja a vir a maior parte da madeira cortada e transportada ilegalmente para o mercado da cidade de Nampula.

Fernando Alberto, de 21 anos de idade, residente do bairro de Muculuwone, na cidade de Nampula, desenvolve suas actividades clandestinas de abate de madeira, na floresta de Mukhwaia, que dista há 30 quilómetros da localidade do Grácio.

O produto é vendido aos proprietários de estaleiros, que se localizam no bairro de Namicopo, a preços que variam entre mil a mil quinhentos meticais, por cada prancha.

Pedro Calisto, de 18 anos de idade, também envolvido no negócio, contou que a caminhada de Muecate à cidade de Nampula começa a partir das 20 horas e é feita em grupos.

Os madeireiros clandestinos acham que a quantia de Mil meticais cobrada pelo governo de Muecate para emissão da licença anual de exploração artesanal de madeira é cara. Eles preferem subornar alguns fiscais desonestos com valores que variam de 50 a 200 meticais, por cada vez que são surpreendidos.

O problema é do conhecimento da Agência Nacional de Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA) de Nampula.

Segundo os gestores daquela instituição, esforços estão em curso visando estancar as irregularidades que neste momento ocorrem.